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Gênesis 31

Jacó Foge de Labão

1 Jacó, porém, ouviu falar que os filhos de Labão estavam dizendo: “Jacó tomou tudo que o nosso pai tinha e juntou toda a sua riqueza à custa do nosso pai”.

2 E Jacó percebeu que a atitude de Labão para com ele já não era a mesma de antes.

3 E oSenhordisse a Jacó: “Volte para a terra de seus pais e de seus parentes, e eu estarei com você”.

4 Então Jacó mandou chamar Raquel e Lia para virem ao campo onde estavam os seus rebanhos,

5 e lhes disse: “Vejo que a atitude do seu pai para comigo não é mais a mesma, mas o Deus de meu pai tem estado comigo.

6 Vocês sabem que trabalhei para seu pai com todo o empenho,

7 mas ele tem me feito de tolo, mudando o meu salário dez vezes. Contudo, Deus não permitiu que ele me prejudicasse.

8 Se ele dizia: ‘As crias salpicadas serão o seu salário’, todos os rebanhos geravam filhotes salpicados; e, se ele dizia: ‘As que têm listras serão o seu salário’, todos os rebanhos geravam filhotes com listras.

9 Foi assim que Deus tirou os rebanhos de seu pai e os deu a mim.

10 “Na época do acasalamento, tive um sonho em que olhei e vi que os machos que fecundavam o rebanho tinham listras, eram salpicados e malhados.

11 O Anjo de Deus me disse no sonho: ‘Jacó!’ Eu respondi: ‘Eis-me aqui!’

12 Então ele disse: ‘Olhe e veja que todos os machos que fecundam o rebanho têm listras, são salpicados e malhados, porque tenho visto tudo o que Labão lhe fez.

13 Sou o Deus de Betel, onde você ungiu uma coluna e me fez um voto. Saia agora desta terra e volte para a sua terra natal’ ”.

14 Raquel e Lia disseram a Jacó: “Temos ainda parte na herança dos bens de nosso pai?

15 Não nos trata ele como estrangeiras? Não apenas nos vendeu como também gastou tudo o que foi pago por nós!

16 Toda a riqueza que Deus tirou de nosso pai é nossa e de nossos filhos. Portanto, faça tudo quanto Deus lhe ordenou”.

17 Então Jacó ajudou seus filhos e suas mulheres a montar nos camelos,

18 e conduziu todo o seu rebanho, junto com todos os bens que havia acumulado em Padã-Arã, para ir à terra de Canaã, à casa de seu pai, Isaque.

19 Enquanto Labão tinha saído para tosquiar suas ovelhas, Raquel roubou de seu pai os ídolos do clã.

20 Foi assim que Jacó enganou a Labão, o arameu, fugindo sem lhe dizer nada.

21 Ele fugiu com tudo o que tinha e, atravessando o Eufrates, foi para os montes de Gileade.

Labão Persegue Jacó

22 Três dias depois, Labão foi informado de que Jacó tinha fugido.

23 Tomando consigo os homens de sua família, perseguiu Jacó por sete dias e o alcançou nos montes de Gileade.

24 Então, de noite, Deus veio em sonho a Labão, o arameu, e o advertiu: “Cuidado! Não diga nada a Jacó, não lhe faça promessas nem ameaças”.

25 Labão alcançou Jacó, que estava acampado nos montes de Gileade. Então Labão e os homens se acamparam ali também.

26 Ele perguntou a Jacó: “Que foi que você fez? Não só me enganou como também raptou minhas filhas como se fossem prisioneiras de guerra.

27 Por que você me enganou, fugindo em segredo, sem avisar-me? Eu teria celebrado a sua partida com alegria e cantos, ao som dos tamborins e das harpas.

28 Você nem sequer me deixou beijar meus netos e minhas filhas para despedir-me deles. Você foi insensato.

29 Tenho poder para prejudicá-los; mas, na noite passada, o Deus do pai de vocês me advertiu: ‘Cuidado! Não diga nada a Jacó, não lhe faça promessas nem ameaças’.

30 Agora, se você partiu porque tinha saudade da casa de seu pai, por que roubou meus deuses?”

31 Jacó respondeu a Labão: “Tive medo, pois pensei que você tiraria suas filhas de mim à força.

32 Quanto aos seus deuses, quem for encontrado com eles não ficará vivo. Na presença dos nossos parentes, veja você mesmo se está aqui comigo qualquer coisa que lhe pertença, e, se estiver, leve-a de volta”. Ora, Jacó não sabia que Raquel os havia roubado.

33 Então Labão entrou na tenda de Jacó, e nas tendas de Lia e de suas duas servas, mas nada encontrou. Depois de sair da tenda de Lia, entrou na tenda de Raquel.

34 Raquel tinha colocado os ídolos dentro da sela do seu camelo e estava sentada em cima. Labão vasculhou toda a tenda, mas nada encontrou.

35 Raquel disse ao pai: “Não se irrite, meu senhor, por não poder me levantar em sua presença, pois estou com o fluxo das mulheres”. Ele procurou os ídolos, mas não os encontrou.

36 Jacó ficou irado e queixou-se a Labão: “Qual foi meu crime? Que pecado cometi para que você me persiga furiosamente?

37 Você já vasculhou tudo o que me pertence. Encontrou algo que lhe pertença? Então coloque tudo aqui na frente dos meus parentes e dos seus, e que eles julguem entre nós dois.

38 “Vinte anos estive com você. Suas ovelhas e cabras nunca abortaram, e jamais comi um só carneiro do seu rebanho.

39 Eu nunca levava a você os animais despedaçados por feras; eu mesmo assumia o prejuízo. E você pedia contas de todo animal roubado de dia ou de noite.

40 O calor me consumia de dia, e o frio de noite, e o sono fugia dos meus olhos.

41 Foi assim nos vinte anos em que fiquei em sua casa. Trabalhei para você catorze anos em troca de suas duas filhas e seis anos por seus rebanhos, e dez vezes você alterou o meu salário.

42 Se o Deus de meu pai, o Deus de Abraão, o Temor de Isaque, não estivesse comigo, certamente você me despediria de mãos vazias. Mas Deus viu o meu sofrimento e o trabalho das minhas mãos e, na noite passada, ele manifestou a sua decisão”.

O Acordo entre Labão e Jacó

43 Labão respondeu a Jacó: “As mulheres são minhas filhas, os filhos são meus, os rebanhos são meus. Tudo o que você vê é meu. Que posso fazer por essas minhas filhas ou pelos filhos que delas nasceram?

44 Façamos agora, eu e você, um acordo que sirva de testemunho entre nós dois”.

45 Então Jacó tomou uma pedra e a colocou em pé como coluna.

46 E disse aos seus parentes: “Juntem algumas pedras”. Eles apanharam pedras e as amontoaram. Depois comeram ali, ao lado do monte de pedras.

47 Labão o chamou Jegar-Saaduta, e Jacó o chamou Galeede.

48 Labão disse: “Este monte de pedras é uma testemunha entre mim e você, no dia de hoje”. Por isso foi chamado Galeede.

49 Foi também chamado Mispá, porque ele declarou: “Que oSenhornos vigie, a mim e a você, quando estivermos separados um do outro.

50 Se você maltratar minhas filhas ou menosprezá-las, tomando outras mulheres além delas, ainda que ninguém saiba, lembre-se de que Deus é testemunha entre mim e você”.

51 Disse ainda Labão a Jacó: “Aqui estão este monte de pedras e esta coluna que coloquei entre mim e você.

52 São testemunhas de que não passarei para o lado de lá para prejudicá-lo, nem você passará para o lado de cá para prejudicar-me.

53 Que o Deus de Abraão, o Deus de Naor, o Deus do pai deles, julgueentre nós”.

Então Jacó fez um juramento em nome do Temor de seu pai, Isaque.

54 Ofereceu um sacrifício no monte e chamou os parentes que lá estavam para uma refeição. Depois de comerem, passaram a noite ali.

55 Na manhã seguinte, Labão beijou seus netos e suas filhas e os abençoou, e depois voltou para a sua terra.

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Gênesis 32

Jacó Prepara-se para o Encontro com Esaú

1 Jacó também seguiu o seu caminho, e anjos de Deus vieram ao encontro dele.

2 Quando Jacó os avistou, disse: “Este é o exército de Deus!” Por isso deu àquele lugar o nome de Maanaim.

3 Jacó mandou mensageiros adiante dele a seu irmão Esaú, na região de Seir, território de Edom.

4 E lhes ordenou: “Vocês dirão o seguinte ao meu senhor Esaú: Assim diz teu servo Jacó: Morei na casa de Labão e com ele permaneci até agora.

5 Tenho bois e jumentos, ovelhas e cabras, servos e servas. Envio agora esta mensagem ao meu senhor, para que me recebas bem”.

6 Quando os mensageiros voltaram a Jacó, disseram-lhe: “Fomos até seu irmão Esaú, e ele está vindo ao seu encontro, com quatrocentos homens”.

7 Jacó encheu-se de medo e foi tomado de angústia. Então dividiu em dois grupos todos os que estavam com ele, bem como as ovelhas, as cabras, os bois e os camelos,

8 pois assim pensou: “Se Esaú vier e atacar um dos grupos, o outro poderá escapar”.

9 Então Jacó orou: “Ó Deus de meu pai Abraão, Deus de meu pai Isaque, óSenhorque me disseste: ‘Volte para a sua terra e para os seus parentes e eu o farei prosperar’;

10 não sou digno de toda a bondade e lealdade com que trataste o teu servo. Quando atravessei o Jordão eu tinha apenas o meu cajado, mas agora possuo duas caravanas.

11 Livra-me, rogo-te, das mãos de meu irmão Esaú, porque tenho medo que ele venha nos atacar, tanto a mim como às mães e às crianças.

12 Pois tu prometeste: ‘Esteja certo de que eu o farei prosperar e farei os seus descendentes tão numerosos como a areia do mar, que não se pode contar’ ”.

13 Depois de passar ali a noite, escolheu entre os seus rebanhos um presente para o seu irmão Esaú:

14 duzentas cabras e vinte bodes, duzentas ovelhas e vinte carneiros,

15 trinta fêmeas de camelo com seus filhotes, quarenta vacas e dez touros, vinte jumentas e dez jumentos.

16 Designou cada rebanho sob o cuidado de um servo e disse-lhes: “Vão à minha frente e mantenham certa distância entre um rebanho e outro”.

17 Ao que ia à frente deu a seguinte instrução: “Quando meu irmão Esaú encontrar-se com você e lhe perguntar: ‘A quem você pertence, para onde vai e de quem é todo este rebanho à sua frente?’,

18 você responderá: É do teu servo Jacó. É um presente para o meu senhor Esaú; e ele mesmo está vindo atrás de nós”.

19 Também instruiu o segundo, o terceiro e todos os outros que acompanhavam os rebanhos: “Digam também a mesma coisa a Esaú quando o encontrarem.

20 E acrescentem: Teu servo Jacó está vindo atrás de nós”. Porque pensava: “Eu o apaziguarei com esses presentes que estou enviando antes de mim; mais tarde, quando eu o vir, talvez me receba”.

21 Assim os presentes de Jacó seguiram à sua frente; ele, porém, passou a noite no acampamento.

Jacó Luta com Deus

22 Naquela noite, Jacó levantou-se, tomou suas duas mulheres, suas duas servas e seus onze filhos para atravessar o lugar de passagem do Jaboque.

23 Depois de havê-los feito atravessar o ribeiro, fez passar também tudo o que possuía.

24 E Jacó ficou sozinho. Então veio um homem que se pôs a lutar com ele até o amanhecer.

25 Quando o homem viu que não poderia dominar Jacó, tocou-lhe na articulação da coxa, de forma que a deslocou enquanto lutavam.

26 Então o homem disse: “Deixe-me ir, pois o dia já desponta”. Mas Jacó lhe respondeu: “Não te deixarei ir, a não ser que me abençoes”.

27 O homem lhe perguntou: “Qual é o seu nome?”

“Jacó”, respondeu ele.

28 Então disse o homem: “Seu nome não será mais Jacó, mas sim Israel, porque você lutou com Deus e com homens e venceu”.

29 Prosseguiu Jacó: “Peço-te que digas o teu nome”.

Mas ele respondeu: “Por que pergunta o meu nome?” E o abençoou ali.

30 Jacó chamou àquele lugar Peniel, pois disse: “Vi a Deus face a face e, todavia, minha vida foi poupada”.

31 Ao nascer do sol, atravessou Peniel, mancando por causa da coxa.

32 Por isso, até o dia de hoje, os israelitas não comem o músculo ligado à articulação do quadril, porque nesse músculo Jacó foi ferido.

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Gênesis 33

O Encontro de Esaú e Jacó

1 Quando Jacó olhou e viu que Esaú estava se aproximando com quatrocentos homens, dividiu as crianças entre Lia, Raquel e as duas servas.

2 Colocou as servas e os seus filhos à frente; Lia e seus filhos, depois; e Raquel com José, por último.

3 Ele mesmo passou à frente e, ao aproximar-se do seu irmão, curvou-se até o chão sete vezes.

4 Mas Esaú correu ao encontro de Jacó e abraçou-se ao seu pescoço, e o beijou. E eles choraram.

5 Então Esaú ergueu o olhar e viu as mulheres e as crianças. E perguntou: “Quem são estes?”

Jacó respondeu: “São os filhos que Deus concedeu ao teu servo”.

6 Então as servas e os seus filhos se aproximaram e se curvaram.

7 Depois, Lia e os seus filhos vieram e se curvaram. Por último, chegaram José e Raquel, e também se curvaram.

8 Esaú perguntou: “O que você pretende com todos os rebanhos que encontrei pelo caminho?”

“Ser bem recebido por ti, meu senhor”, respondeu Jacó.

9 Disse, porém, Esaú: “Eu já tenho muito, meu irmão. Guarde para você o que é seu”.

10 Mas Jacó insistiu: “Não! Se te agradaste de mim, aceita este presente de minha parte, porque ver a tua face é como contemplar a face de Deus; além disso, tu me recebeste tão bem!

11 Aceita, pois, o presente que te foi trazido, pois Deus tem sido favorável para comigo, e eu já tenho tudo o que necessito”. Jacó tanto insistiu que Esaú acabou aceitando.

12 Então disse Esaú: “Vamos seguir em frente. Eu o acompanharei”.

13 Jacó, porém, lhe disse: “Meu senhor sabe que as crianças são frágeis e que estão sob os meus cuidados ovelhas e vacas que amamentam suas crias. Se forçá-las demais na caminhada, um só dia que seja, todo o rebanho morrerá.

14 Por isso, meu senhor, vai à frente do teu servo, e eu sigo atrás, devagar, no passo dos rebanhos e das crianças, até que eu chegue ao meu senhor em Seir”.

15 Esaú sugeriu: “Permita-me, então, deixar alguns homens com você”.

Jacó perguntou: “Mas para quê, meu senhor? Ter sido bem recebido já me foi suficiente!”

16 Naquele dia, Esaú voltou para Seir.

17 Jacó, todavia, foi para Sucote, onde construiu uma casa para si e abrigos para o seu gado. Foi por isso que o lugar recebeu o nome de Sucote.

18 Tendo voltado de Padã-Arã, Jacó chegou a salvo àcidade de Siquém, em Canaã, e acampou próximo da cidade.

19 Por cem peças de pratacomprou dos filhos de Hamor, pai de Siquém, a parte do campo onde tinha armado acampamento.

20 Ali edificou um altar e lhe chamou El Elohe Israel.

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Gênesis 34

O Conflito entre os Filhos de Jacó e os Siquemitas

1 Certa vez, Diná, a filha que Lia dera a Jacó, saiu para conhecer as mulheres daquela terra.

2 Siquém, filho de Hamor, o heveu, governador daquela região, viu-a, agarrou-a e a violentou.

3 Mas o seu coração foi atraído por Diná, filha de Jacó, e ele amou a moça e falou-lhe com ternura.

4 Por isso Siquém foi dizer a Hamor, seu pai: “Consiga-me aquela moça para que seja minha mulher”.

5 Quando Jacó soube que sua filha Diná tinha sido desonrada, seus filhos estavam no campo, com os rebanhos; por isso esperou calado até que regressassem.

6 Então Hamor, pai de Siquém, foi conversar com Jacó.

7 Quando os filhos de Jacó voltaram do campo e souberam de tudo, ficaram profundamente entristecidos e irados, porque Siquém tinha cometido um ato vergonhoso emIsrael, ao deitar-se com a filha de Jacó—coisa que não se faz.

8 Mas Hamor lhes disse: “Meu filho Siquém apaixonou-se pela filha de vocês. Por favor, entreguem-na a ele para que seja sua mulher.

9 Casem-se entre nós; deem-nos suas filhas e tomem para vocês as nossas.

10 Estabeleçam-se entre nós. A terra está aberta para vocês: habitem-na, façam comércionela e adquiram propriedades”.

11 Então Siquém disse ao pai e aos irmãos de Diná: “Concedam-me este favor, e eu lhes darei o que me pedirem.

12 Aumentem quanto quiserem o preço e o presente pela noiva, e pagarei o que me pedirem. Tão somente me deem a moça por mulher”.

13 Os filhos de Jacó, porém, responderam com falsidade a Siquém e a seu pai, Hamor, por ter Siquém desonrado Diná, a irmã deles.

14 Disseram: “Não podemos fazer isso; jamais entregaremos nossa irmã a um homem que não seja circuncidado. Seria uma vergonha para nós.

15 Daremos nosso consentimento a vocês com uma condição: que vocês se tornem como nós, circuncidando todos os do sexo masculino.

16 Só então lhes daremos as nossas filhas e poderemos casar-nos com as suas. Nós nos estabeleceremos entre vocês e seremos um só povo.

17 Mas, se não aceitarem circuncidar-se, tomaremos nossa irmãe partiremos”.

18 A proposta deles pareceu boa a Hamor e a seu filho Siquém.

19 O jovem, que era o mais respeitado de todos os da casa de seu pai, não demorou em cumprir o que pediram, porque realmente gostava da filha de Jacó.

20 Assim Hamor e seu filho Siquém dirigiram-se à porta da cidade para conversar com os seus concidadãos. E disseram:

21 “Esses homens são de paz. Permitam que eles habitem em nossa terra e façam comércio entre nós; a terra tem bastante lugar para eles. Poderemos casar com as suas filhas, e eles com as nossas.

22 Mas eles só consentirão em viver conosco como um só povo sob a condição de que todos os nossos homens sejam circuncidados, como eles.

23 Lembrem-se de que os seus rebanhos, os seus bens e todos os seus outros animais passarão a ser nossos. Aceitemos então a condição para que se estabeleçam em nosso meio”.

24 Todos os que saíram para reunir-se à porta da cidade concordaram com Hamor e com seu filho Siquém, e todos os homens e meninos da cidade foram circuncidados.

25 Três dias depois, quando ainda sofriam dores, dois filhos de Jacó, Simeão e Levi, irmãos de Diná, pegaram suas espadas e atacaram a cidade desprevenida, matando todos os homens.

26 Mataram ao fio da espada Hamor e seu filho Siquém, tiraram Diná da casa de Siquém e partiram.

27 Vieram então os outros filhos de Jacó e, passando pelos corpos, saquearam a cidade ondesua irmã tinha sido desonrada.

28 Apoderaram-se das ovelhas, dos bois e dos jumentos, e de tudo o que havia na cidade e no campo.

29 Levaram as mulheres e as crianças, e saquearam todos os bens e tudo o que havia nas casas.

30 Então Jacó disse a Simeão e a Levi: “Vocês me puseram em grandes apuros, atraindo sobre mim o ódiodos cananeus e dos ferezeus, habitantes desta terra. Somos poucos, e, se eles juntarem suas forças e nos atacarem, eu e a minha família seremos destruídos”.

31 Mas eles responderam: “Está certo ele tratar nossa irmã como uma prostituta?”

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Gênesis 35

O Retorno de Jacó a Betel

1 Deus disse a Jacó: “Suba a Betele estabeleça-se lá, e faça um altar ao Deus que lhe apareceu quando você fugia do seu irmão, Esaú”.

2 Disse, pois, Jacó aos de sua casa e a todos os que estavam com ele: “Livrem-se dos deuses estrangeiros que estão entre vocês, purifiquem-se e troquem de roupa.

3 Venham! Vamos subir a Betel, onde farei um altar ao Deus que me ouviu no dia da minha angústia e que tem estado comigo por onde tenho andado”.

4 Então entregaram a Jacó todos os deuses estrangeiros que possuíam e os brincos que usavam nas orelhas, e Jacó os enterrou ao pé da grande árvore, próximo a Siquém.

5 Quando eles partiram, o terror de Deus caiu de tal maneira sobre as cidades ao redor que ninguém ousou perseguir os filhos de Jacó.

6 Jacó e todos os que com ele estavam chegaram a Luz, que é Betel, na terra de Canaã.

7 Nesse lugar construiu um altar e lhe deu o nome de El-Betel, porque ali Deus havia se reveladoa ele, quando fugia do seu irmão.

8 Débora, ama de Rebeca, morreu e foi sepultada perto de Betel, ao pé do Carvalho, que por isso foi chamado Alom-Bacute.

9 Depois que Jacó retornou de Padã-Arã, Deus lhe apareceu de novo e o abençoou,

10 dizendo: “Seu nome é Jacó, mas você não será mais chamado Jacó; seu nome será Israel”. Assim lhe deu o nome de Israel.

11 E Deus ainda lhe disse: “Eu sou o Deus todo-poderoso; seja prolífero e multiplique-se. De você procederão uma nação e uma comunidade de nações, e reis estarão entre os seus descendentes.

12 A terra que dei a Abraão e a Isaque, dou a você; e também aos seus futuros descendentes darei esta terra”.

13 A seguir, Deus elevou-se do lugar onde estivera falando com Jacó.

14 Jacó levantou uma coluna de pedra no lugar em que Deus lhe falara, e derramou sobre ela uma oferta de bebidase a ungiu com óleo.

15 Jacó deu o nome de Betel ao lugar onde Deus tinha falado com ele.

A Morte de Isaque e de Raquel

16 Eles partiram de Betel, e, quando ainda estavam a certa distância de Efrata, Raquel começou a dar à luz com grande dificuldade.

17 E, enquanto sofria muito, tentando dar à luz, a parteira lhe disse: “Não tenha medo, pois você ainda terá outro menino”.

18 Já a ponto de sair-lhe a vida, quando estava morrendo, deu ao filho o nome de Benoni. Mas o pai deu-lhe o nome de Benjamim.

19 Assim morreu Raquel, e foi sepultada junto do caminho de Efrata, que é Belém.

20 Sobre a sua sepultura Jacó levantou uma coluna, e até o dia de hoje aquela coluna marca o túmulo de Raquel.

21 Israel partiu novamente e armou acampamento adiante de Migdal-Éder.

22 Na época em que Israel vivia naquela região, Rúben deitou-se com Bila, concubina de seu pai. E Israel ficou sabendo disso.

Jacó teve doze filhos:

23 Estes foram seus filhos com Lia:

Rúben, o filho mais velho de Jacó,

Simeão, Levi, Judá, Issacar e Zebulom.

24 Estes foram seus filhos com Raquel:

José e Benjamim.

25 Estes foram seus filhos com Bila, serva de Raquel:

Dã e Naftali.

26 Estes foram seus filhos com Zilpa, serva de Lia:

Gade e Aser.

Foram esses os filhos de Jacó, nascidos em Padã-Arã.

27 Depois Jacó foi visitar seu pai Isaque em Manre, perto de Quiriate-Arba, que é Hebrom, onde Abraão e Isaque tinham morado.

28 Isaque viveu cento e oitenta anos.

29 Morreu em idade bem avançada e foi reunido aos seus antepassados. E seus filhos, Esaú e Jacó, o sepultaram.

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Gênesis 36

Os Descendentes de Esaú

1 Esta é a história da família de Esaú, que é Edom.

2 Esaú casou-se com mulheres de Canaã: com Ada, filha de Elom, o hitita, e com Oolibama, filha de Aná e neta de Zibeão, o heveu;

3 e também com Basemate, filha de Ismael e irmã de Nebaiote.

4 Ada deu a Esaú um filho chamado Elifaz; Basemate deu-lhe Reuel;

5 e Oolibama deu-lhe Jeús, Jalão e Corá. Esses foram os filhos de Esaú que lhe nasceram em Canaã.

6 Esaú tomou suas mulheres, seus filhos e filhas e todos os de sua casa, assim como os seus rebanhos, todos os outros animais e todos os bens que havia adquirido em Canaã, e foi para outra região, para longe do seu irmão Jacó.

7 Os seus bens eram tantos que eles já não podiam morar juntos; a terra onde estavam vivendo não podia sustentá-los, por causa dos seus rebanhos.

8 Por isso Esaú, que é Edom, fixou-se nos montes de Seir.

9 Este é o registro da descendência de Esaú, pai dos edomitas, nos montes de Seir.

10 Estes são os nomes dos filhos de Esaú:

Elifaz, filho de Ada, mulher de Esaú; e Reuel, filho de Basemate, mulher de Esaú.

11 Estes foram os filhos de Elifaz:

Temã, Omar, Zefô, Gaetã e Quenaz.

12 Elifaz, filho de Esaú, tinha uma concubina chamada Timna, que lhe deu um filho chamado Amaleque. Foram esses os netos de Ada, mulher de Esaú.

13 Estes foram os filhos de Reuel:

Naate, Zerá, Samá e Mizá. Foram esses os netos de Basemate, mulher de Esaú.

14 Estes foram os filhos de Oolibama, mulher de Esaú, filha de Aná e neta de Zibeão, os quais ela deu a Esaú:

Jeús, Jalão e Corá.

15 Foram estes os chefes dentre os descendentes de Esaú:

Os filhos de Elifaz, filho mais velho de Esaú:

Temã, Omar, Zefô, Quenaz,

16 Corá, Gaetã e Amaleque. Foram esses os chefes descendentes de Elifaz em Edom; eram netos de Ada.

17 Foram estes os filhos de Reuel, filho de Esaú:

Os chefes Naate, Zerá, Samá e Mizá. Foram esses os chefes descendentes de Reuel em Edom; netos de Basemate, mulher de Esaú.

18 Foram estes os filhos de Oolibama, mulher de Esaú:

Os chefes Jeús, Jalão e Corá. Foram esses os chefes descendentes de Oolibama, mulher de Esaú, filha de Aná.

19 Foram esses os filhos de Esaú, que é Edom, e esses foram os seus chefes.

Os Descendentes de Seir

20 Estes foram os filhos de Seir, o horeu, que estavam habitando aquela região:

Lotã, Sobal, Zibeão e Aná,

21 Disom, Ézer e Disã. Esses filhos de Seir foram chefes dos horeus no território de Edom.

22 Estes foram os filhos de Lotã:

Hori e Hemã. Timna era irmã de Lotã.

23 Estes foram os filhos de Sobal:

Alvã, Manaate, Ebal, Sefô e Onã.

24 Estes foram os filhos de Zibeão:

Aiá e Aná. Foi esse Aná que descobriu as fontes de águas quentesno deserto, quando levava para pastar os jumentos de Zibeão, seu pai.

25 Estes foram os filhos de Aná:

Disom e Oolibama, a filha de Aná.

26 Estes foram os filhos de Disom:

Hendã, Esbã, Itrã e Querã.

27 Estes foram os filhos de Ézer:

Bilã, Zaavã e Acã.

28 Estes foram os filhos de Disã:

Uz e Arã.

29 Estes foram os chefes dos horeus:

Lotã, Sobal, Zibeão, Aná,

30 Disom, Ézer e Disã.

Esses foram os chefes dos horeus, de acordo com as suas divisões tribais na região de Seir.

Os Reis e os Chefes de Edom

31 Estes foram os reis que reinaram no território de Edom antes de haver rei entre os israelitas:

32 Belá, filho de Beor, reinou em Edom. Sua cidade chamava-se Dinabá.

33 Quando Belá morreu, foi sucedido por Jobabe, filho de Zerá, de Bozra.

34 Jobabe morreu, e Husã, da terra dos temanitas, foi o seu sucessor.

35 Husã morreu, e Hadade, filho de Bedade, que tinha derrotado os midianitas na terra de Moabe, foi o seu sucessor. Sua cidade chamava-se Avite.

36 Hadade morreu, e Samlá de Masreca foi o seu sucessor.

37 Samlá morreu, e Saul, de Reobote, próxima ao Eufrates, foi o seu sucessor.

38 Saul morreu, e Baal-Hanã, filho de Acbor, foi o seu sucessor.

39 Baal-Hanã, filho de Acbor, morreu, e Hadadefoi o seu sucessor. Sua cidade chamava-se Paú, e o nome de sua mulher era Meetabel, filha de Matrede, neta de Mezaabe.

40 Estes foram os chefes descendentes de Esaú, conforme os seus nomes, clãs e regiões:

Timna, Alva, Jetete,

41 Oolibama, Elá, Pinom,

42 Quenaz, Temã, Mibzar,

43 Magdiel e Irã.

Foram esses os chefes de Edom; cada um deles fixou-se numa região da terra que ocuparam.

Os edomitas eram descendentes de Esaú.

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Gênesis 37

Os Sonhos de José

1 Jacó habitou na terra de Canaã, onde seu pai tinha vivido como estrangeiro.

2 Esta é a história da família de Jacó:

Quando José tinha dezessete anos, pastoreava os rebanhos com os seus irmãos. Ajudava os filhos de Bila e os filhos de Zilpa, mulheres de seu pai; e contava ao pai a má fama deles.

3 Ora, Israel gostava mais de José do que de qualquer outro filho, porque lhe havia nascido em sua velhice; por isso mandou fazer para ele uma túnica longa.

4 Quando os seus irmãos viram que o pai gostava mais dele do que de qualquer outro filho, odiaram-no e não conseguiam falar com ele amigavelmente.

5 Certa vez, José teve um sonho e, quando o contou a seus irmãos, eles passaram a odiá-lo ainda mais.

6 “Ouçam o sonho que tive”, disse-lhes.

7 “Estávamos amarrando os feixes de trigo no campo, quando o meu feixe se levantou e ficou em pé, e os seus feixes se ajuntaram ao redor do meu e se curvaram diante dele.”

8 Seus irmãos lhe disseram: “Então você vai reinar sobre nós? Quer dizer que você vai nos governar?” E o odiaram ainda mais, por causa do sonho e do que tinha dito.

9 Depois teve outro sonho e o contou aos seus irmãos: “Tive outro sonho, e desta vez o sol, a lua e onze estrelas se curvavam diante de mim”.

10 Quando o contou ao pai e aos irmãos, o pai o repreendeu e lhe disse: “Que sonho foi esse que você teve? Será que eu, sua mãe, e seus irmãos viremos a nos curvar até o chão diante de você?”

11 Assim seus irmãos tiveram ciúmes dele; o pai, no entanto, refletia naquilo.

Vendido pelos Irmãos

12 Os irmãos de José tinham ido cuidar dos rebanhos do pai, perto de Siquém,

13 e Israel disse a José: “Como você sabe, seus irmãos estão apascentando os rebanhos perto de Siquém. Quero que você vá até lá”.

“Sim, senhor”, respondeu ele.

14 Disse-lhe o pai: “Vá ver se está tudo bem com os seus irmãos e com os rebanhos, e traga-me notícias”. Jacó o enviou quando estava no vale de Hebrom.

Mas José se perdeu quando se aproximava de Siquém;

15 um homem o encontrou vagueando pelos campos e lhe perguntou: “Que é que você está procurando?”

16 Ele respondeu: “Procuro meus irmãos. Pode me dizer onde eles estão apascentando os rebanhos?”

17 Respondeu o homem: “Eles já partiram daqui. Eu os ouvi dizer: ‘Vamos para Dotã’ ”.

Assim José foi em busca dos seus irmãos e os encontrou perto de Dotã.

18 Mas eles o viram de longe e, antes que chegasse, planejaram matá-lo.

19 “Lá vem aquele sonhador!”, diziam uns aos outros.

20 “É agora! Vamos matá-lo e jogá-lo num destes poços, e diremos que um animal selvagem o devorou. Veremos então o que será dos seus sonhos.”

21 Quando Rúben ouviu isso, tentou livrá-lo das mãos deles, dizendo: “Não lhe tiremos a vida!”

22 E acrescentou: “Não derramem sangue. Joguem-no naquele poço no deserto, mas não toquem nele”. Rúben propôs isso com a intenção de livrá-lo e levá-lo de volta ao pai.

23 Chegando José, seus irmãos lhe arrancaram a túnica longa,

24 agarraram-no e o jogaram no poço, que estava vazio e sem água.

25 Ao se assentarem para comer, viram ao longe uma caravana de ismaelitas que vinha de Gileade. Seus camelos estavam carregados de especiarias, bálsamo e mirra, que eles levavam para o Egito.

26 Judá disse então a seus irmãos: “Que ganharemos se matarmos o nosso irmão e escondermos o seu sangue?

27 Vamos vendê-lo aos ismaelitas. Não tocaremos nele, afinal é nosso irmão, é nosso próprio sangue”. E seus irmãos concordaram.

28 Quando os mercadores ismaelitas de Midiã se aproximaram, seus irmãos tiraram José do poço e o venderam por vinte peças de prata aos ismaelitas, que o levaram para o Egito.

29 Quando Rúben voltou ao poço e viu que José não estava lá, rasgou suas vestes

30 e, voltando a seus irmãos, disse: “O jovem não está lá! Para onde irei agora?”

31 Então eles mataram um bode, mergulharam no sangue a túnica de José

32 e a mandaram ao pai com este recado: “Achamos isto. Veja se é a túnica de teu filho”.

33 Ele a reconheceu e disse: “É a túnica de meu filho! Um animal selvagem o devorou! José foi despedaçado!”

34 Então Jacó rasgou suas vestes, vestiu-se de pano de saco e chorou muitos dias por seu filho.

35 Todos os seus filhos e filhas vieram consolá-lo, mas ele recusou ser consolado, dizendo: “Não! Chorando descerei à sepulturapara junto de meu filho”. E continuou a chorar por ele.

36 Nesse meio-tempo, no Egito, os midianitas venderam José a Potifar, oficial do faraó e capitão da guarda.

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Gênesis

Gênesis 38

A História de Judá e Tamar

1 Por essa época, Judá deixou seus irmãos e passou a viver na casa de um homem de Adulão, chamado Hira.

2 Ali Judá encontrou a filha de um cananeu chamado Suá e casou-se com ela. Ele a possuiu,

3 ela engravidou e deu à luz um filho, ao qual ele deu o nome de Er.

4 Tornou a engravidar, teve um filho e deu-lhe o nome de Onã.

5 Quando estava em Quezibe, ela teve ainda outro filho e chamou-o Selá.

6 Judá escolheu uma mulher chamada Tamar para Er, seu filho mais velho.

7 Mas oSenhorreprovou a conduta perversa de Er, filho mais velho de Judá, e por isso o matou.

8 Então Judá disse a Onã: “Case-se com a mulher do seu irmão, cumpra as suas obrigações de cunhado para com ela e dê uma descendência a seu irmão”.

9 Mas Onã sabia que a descendência não seria sua; assim, toda vez que possuía a mulher do seu irmão, derramava o sêmen no chão para evitar que seu irmão tivesse descendência.

10 OSenhorreprovou o que ele fazia, e por isso o matou também.

11 Disse então Judá à sua nora Tamar: “More como viúva na casa de seu pai até que o meu filho Selá cresça”, porque temia que ele viesse a morrer, como os seus irmãos. Assim Tamar foi morar na casa do pai.

12 Tempos depois morreu a mulher de Judá, filha de Suá. Passado o luto, Judá foi ver os tosquiadores do seu rebanho em Timna com o seu amigo Hira, o adulamita.

13 Quando foi dito a Tamar: “Seu sogro está a caminho de Timna para tosquiar suas ovelhas”,

14 ela trocou suas roupas de viúva, cobriu-se com um véu para se disfarçar e foi sentar-se à entrada de Enaim, que fica no caminho de Timna. Ela fez isso porque viu que, embora Selá já fosse crescido, ela não lhe tinha sido dada em casamento.

15 Quando a viu, Judá pensou que fosse uma prostituta, porque ela havia encoberto o rosto.

16 Não sabendo que era a sua nora, dirigiu-se a ela, à beira da estrada, e disse: “Venha cá, quero deitar-me com você”.

Ela lhe perguntou: “O que você me dará para deitar-se comigo?”

17 Disse ele: “Eu lhe mandarei um cabritinho do meu rebanho”.

E ela perguntou: “Você me deixará alguma coisa como garantia até que o mande?”

18 Disse Judá: “Que garantia devo dar-lhe?”

Respondeu ela: “O seu selo com o cordão, e o cajado que você tem na mão”. Ele os entregou e a possuiu, e Tamar engravidou dele.

19 Ela se foi, tirou o véu e tornou a vestir as roupas de viúva.

20 Judá mandou o cabritinho por meio de seu amigo adulamita, a fim de reaver da mulher sua garantia, mas ele não a encontrou,

21 e perguntou aos homens do lugar: “Onde está a prostituta cultual que costuma ficar à beira do caminho de Enaim?”

Eles responderam: “Aqui não há nenhuma prostituta cultual”.

22 Assim ele voltou a Judá e disse: “Não a encontrei. Além disso, os homens do lugar disseram que lá não há nenhuma prostituta cultual”.

23 Disse Judá: “Fique ela com o que lhe dei. Não quero que nos tornemos objeto de zombaria. Afinal de contas, mandei a ela este cabritinho, mas você não a encontrou”.

24 Cerca de três meses mais tarde, disseram a Judá: “Sua nora Tamar prostituiu-se, e na sua prostituição ficou grávida”.

Disse Judá: “Tragam-na para fora e queimem-na viva!”

25 Quando ela estava sendo levada para fora, mandou o seguinte recado ao sogro: “Estou grávida do homem que é dono destas coisas”. E acrescentou: “Veja se o senhor reconhece a quem pertencem este selo, este cordão e este cajado”.

26 Judá os reconheceu e disse: “Ela é mais justa do que eu, pois eu devia tê-la entregue a meu filho Selá”. E não voltou a ter relações com ela.

27 Quando lhe chegou a época de dar à luz, havia gêmeos em seu ventre.

28 Enquanto ela dava à luz, um deles pôs a mão para fora; então a parteira pegou um fio vermelho e amarrou o pulso do menino, dizendo: “Este saiu primeiro”.

29 Mas, quando ele recolheu a mão, seu irmão saiu, e ela disse: “Então você conseguiu uma brecha para sair!” E deu-lhe o nome de Perez.

30 Depois saiu seu irmão que estava com o fio vermelho no pulso, e foi-lhe dado o nome de Zerá.

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Gênesis

Gênesis 39

José é Assediado pela Mulher de Potifar

1 José havia sido levado para o Egito, onde o egípcio Potifar, oficial do faraó e capitão da guarda, comprou-o dos ismaelitas que o tinham levado para lá.

2 OSenhorestava com José, de modo que este prosperou e passou a morar na casa do seu senhor egípcio.

3 Quando este percebeu que oSenhorestava com ele e que o fazia prosperar em tudo o que realizava,

4 agradou-se de José e tornou-o administrador de seus bens. Potifar deixou a seu cuidado a sua casa e lhe confiou tudo o que possuía.

5 Desde que o deixou cuidando de sua casa e de todos os seus bens, oSenhorabençoou a casa do egípcio por causa de José. A bênção doSenhorestava sobre tudo o que Potifar possuía, tanto em casa como no campo.

6 Assim, deixou ele aos cuidados de José tudo o que tinha, e não se preocupava com coisa alguma, exceto com sua própria comida.

José era atraente e de boa aparência,

7 e, depois de certo tempo, a mulher do seu senhor começou a cobiçá-lo e o convidou: “Venha, deite-se comigo!”

8 Mas ele se recusou e lhe disse: “Meu senhor não se preocupa com coisa alguma de sua casa, e tudo o que tem deixou aos meus cuidados.

9 Ninguém desta casa está acima de mim. Ele nada me negou, a não ser a senhora, porque é a mulher dele. Como poderia eu, então, cometer algo tão perverso e pecar contra Deus?”

10 Assim, embora ela insistisse com José dia após dia, ele se recusava a deitar-se com ela e evitava ficar perto dela.

11 Um dia ele entrou na casa para fazer suas tarefas, e nenhum dos empregados ali se encontrava.

12 Ela o agarrou pelo manto e voltou a convidá-lo: “Vamos, deite-se comigo!” Mas ele fugiu da casa, deixando o manto na mão dela.

13 Quando ela viu que, ao fugir, ele tinha deixado o manto em sua mão,

14 chamou os empregados e lhes disse: “Vejam, este hebreu nos foi trazido para nos insultar! Ele entrou aqui e tentou abusar de mim, mas eu gritei.

15 Quando me ouviu gritar por socorro, largou seu manto ao meu lado e fugiu da casa”.

16 Ela conservou o manto consigo até que o senhor de José chegasse à casa.

17 Então repetiu-lhe a história: “Aquele escravo hebreu que você nos trouxe aproximou-se de mim para me insultar.

18 Mas, quando gritei por socorro, ele largou seu manto ao meu lado e fugiu”.

19 Quando o seu senhor ouviu o que a sua mulher lhe disse: “Foi assim que o seu escravo me tratou”, ficou indignado.

20 Mandou buscar José e lançou-o na prisão em que eram postos os prisioneiros do rei.

José ficou na prisão,

21 mas oSenhorestava com ele e o tratou com bondade, concedendo-lhe a simpatia do carcereiro.

22 Por isso o carcereiro encarregou José de todos os que estavam na prisão, e ele se tornou responsável por tudo o que lá sucedia.

23 O carcereiro não se preocupava com nada do que estava a cargo de José, porque oSenhorestava com José e lhe concedia bom êxito em tudo o que realizava.

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Gênesis

Gênesis 40

José Interpreta os Sonhos de Dois Prisioneiros

1 Algum tempo depois, o copeiro e o padeiro do rei do Egito fizeram uma ofensa ao seu senhor, o rei do Egito.

2 O faraó irou-se com os dois oficiais, o chefe dos copeiros e o chefe dos padeiros,

3 e mandou prendê-los na casa do capitão da guarda, na prisão em que José estava.

4 O capitão da guarda os deixou aos cuidados de José, que os servia.

Depois de certo tempo,

5 o copeiro e o padeiro do rei do Egito, que estavam na prisão, sonharam. Cada um teve um sonho, ambos na mesma noite, e cada sonho tinha a sua própria interpretação.

6 Quando José foi vê-los na manhã seguinte, notou que estavam abatidos.

7 Por isso perguntou aos oficiais do faraó, que também estavam presos na casa do seu senhor: “Por que hoje vocês estão com o semblante triste?”

8 Eles responderam: “Tivemos sonhos, mas não há quem os interprete”.

Disse-lhes José: “Não são de Deus as interpretações? Contem-me os sonhos”.

9 Então o chefe dos copeiros contou o seu sonho a José: “Em meu sonho vi diante de mim uma videira,

10 com três ramos. Ela brotou, floresceu e deu uvas que amadureciam em cachos.

11 A taça do faraó estava em minha mão. Peguei as uvas, e as espremi na taça do faraó, e a entreguei em sua mão”.

12 Disse-lhe José: “Esta é a interpretação: os três ramos são três dias.

13 Dentro de três dias o faraó vai exaltá-lo e restaurá-lo à sua posição, e você servirá a taça na mão dele, como costumava fazer quando era seu copeiro.

14 Quando tudo estiver indo bem com você, lembre-se de mim e seja bondoso comigo; fale de mim ao faraó e tire-me desta prisão,

15 pois fui trazido à força da terra dos hebreus, e também aqui nada fiz para ser jogado neste calabouço”.

16 Ouvindo o chefe dos padeiros essa interpretação favorável, disse a José: “Eu também tive um sonho: sobre a minha cabeça havia três cestas de pão branco.

17 Na cesta de cima havia todo tipo de pães e doces que o faraó aprecia, mas as aves vinham comer da cesta que eu trazia na cabeça”.

18 E disse José: “Esta é a interpretação: as três cestas são três dias.

19 Dentro de três dias o faraó vai decapitá-lo e pendurá-lo numa árvore. E as aves comerão a sua carne”.

20 Três dias depois era o aniversário do faraó, e ele ofereceu um banquete a todos os seus conselheiros. Na presença deles reapresentou o chefe dos copeiros e o chefe dos padeiros;

21 restaurou à sua posição o chefe dos copeiros, de modo que ele voltou a ser aquele que servia a taça do faraó,

22 mas ao chefe dos padeiros mandou enforcar, como José lhes dissera em sua interpretação.

23 O chefe dos copeiros, porém, não se lembrou de José; ao contrário, esqueceu-se dele.

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